domingo, janeiro 30, 2011

AS MÃES DE CHICO XAVIER” ESTRÉIA EM ABRIL (assista o Trailer)



Em abril, um novo filme chega às telas dos cinemas trazendo a temática transcendental para as salas de exibição de todo o país.

“AS MÃES DE CHICO XAVIER” fecha a trilogia de homenagens ao centenário do médium mineiro iniciada com “Chico Xavier” e “Nosso Lar”, e tem lançamento nacional marcado para o dia 1º de abril de 2011.

Agora, a história verídica de três mães que sofrem perdas e encontram consolo nas cartas psicografas de Chico embasa o roteiro desse filme que foi produzido pela Estação Luz/CE.

Confiram o novo trailer



sábado, janeiro 29, 2011

Lançamento: Os Evangelhos e o Espiritismo

Aconteceu dia 27/01 às 20 horas na Mansão do Caminho o lançamento  do livro "Os Evangelhos e o Espiritismo" com coletâneas evangélicas, a luz do espiritismo por Divaldo Franco e Raul Teixeira.
Aguardem em breve a sinopse deste livro


segunda-feira, janeiro 24, 2011

Humildade de coração


Humildade de coração

A humildade é uma qualidade dos que são modestos, consistindo em silenciar os méritos possuídos. Em razão deste entendimento, assim conceituado, certa vez, procurado por um amigo, disse-nos ele: - Quando Jesus afirmou ser humilde de coração, não teria faltado Ele a este princípio, mostrando-se, assim, sem humildade? Naquela oportunidade, tecemos algumas considerações contrárias ao pensamento do consulente. Depois, resolvemos escrever as razões ora apresentadas.

Há instantes em nossas vidas em que a virtude maior consiste em dizermos de alguma boa qualidade que tivermos, constituindo o silêncio a seu respeito grande mal. Isto acontece, por vezes, na experiência de cada dia, geralmente entre os grandes homens, responsáveis pela direção de setores importantes para o público. Em tais casos, silenciar seria levar prejuízos à existência de muitos, principalmente quando estes ainda se alimentam na confiança, na segurança, fortaleza e fé que possuem nas palavras daqueles que lhes incutem tais sentimentos.

Os próprios pais, quando, isentos de orgulho e vaidade, no desejo de corrigirem seus filhos, desviando-os de erros ou invirtudes, falam de alguma boa qualidade possuída, não pecam eles contra a humildade. Esta deve ser compreendida como ausência de arrogância e vaidade. É irmã gêmea da simplicidade. Os soberbos não sabem ser simples. Sempre ostentam orgulhosamente o quanto sejam ou possuem.

Se vencermos, em nós, a arrogância, obteremos vitória sobre nosso egoísmo, causa maior dos grandes males da Humanidade. Estaríamos a vitoriar sobre nós mesmos e sobre o próprio mundo. Passaríamos a ser criaturas sinceras, fraternas, caridosas, vendo no outro o nosso próximo.

Se fôssemos realmente fraternos, encontraríamos a todos como irmãos, e não mais nos sentiríamos inimigos de quem quer que seja. Se nos conduzíssemos numa linha de inteira fraternidade, com certeza, fugiriam de nossos corações empáfia e vaidades. Então, a própria humildade seria o veículo por onde trafegariam todas as nossas boas qualidades.

Quando Jesus assentou ter vencido o mundo (João, 16:33), quis-nos dar exemplo de desprendimento e advertir-nos sobre o quanto ainda nos arrasta a sentimentos inferiores, negativos. Sendo Ele Embaixador do Pai, entre todos nós proclamou grande verdade, ao dizer: "(...)aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração (...)." (Mateus, 11:29.)

Por existirmos em nossos desníveis, vivenciando quedas morais, temos, em geral, dificuldades no entendimento de certas passagens da vida de Jesus. Em tudo, porém, foi Ele humilde de coração, visto jamais podermos imaginá-lo orgulhoso, carregando vaidade, como se ainda possuído das mesquinharias humanas. De igual modo, se alijarmos de nós a montanha de nossas deficiências, também seremos naturalmente humildes, porque a simplicidade passará a cimentar nosso modo espontâneo de ser. Sem essa compreensão, jamais iríamos alcançar muitas outras palavras, tais como. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João, 14:6); dado que, em verdade, Ele é a luz do mundo e quem o seguir "não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz da vida" (João, 8:12), conforme nos assegurou.

"Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos." (João, 3:31.) Mister se faz buscarmos nos afastar de sentimentos rigorosamente terrenos, a fim de penetrarmos no espírito da linguagem daqueles que têm autoridade para falar. E Jesus, "(...) o Filho do homem tem sobre a terra autoridade (...)" (Mateus, 9:6), continuando a afirmar: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra." (Mateus, 28:18.)

Se já nos sentíssemos sinceros, verdadeiros nos pronunciamentos emitidos, não mais iríamos duvidar das palavras de nosso Mestre e Senhor. Teria Paulo de Tarso, por exemplo, faltado à verdade, ao se expressar, dizendo: "(...) já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (...)" (Gálatas, 2:20)? O grande apóstolo, sem faltar à verdade, nem falsear a humildade, sentia-se humilde de coração, para assim se exprimir, repetindo desta forma: "Nós, porém, temos a mente de Cristo." (I Coríntios, 2:16.)

Na medida em que formos nos desprendendo das negatividades de todos os séculos, iremos aceitando que muitos vieram como extraordinários mensageiros do Alto. Uns, preparando caminhos, roçando estradas, abrindo clareiras. Outros, executando, comandando, ditando planos. Vejam-se as personalidades de João Batista e de Jesus. Ambos, portageiros de verdades, todavia, bem diferentes um do outro. Aquele, veículo da verdade. Este, a Verdade. Não fosse assim, deixaríamos de assimilar do salmista: "As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre." (Salmos, 119 e 160.) Nestas razões, acolhemos Jesus como médium de Deus, pois Ele assim também falou: "(...) a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou." (João, 14:24.) Fez-se a maior expressão da verdade que descera à Terra. Suas mensagens organizaram para a Humanidade o maior código de ética para o verdadeiro procedimento dos homens. Afirmou Ele: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão." (Lucas, 21:33.) E, na passagem de tantos séculos, suas palavras sempre são atuais.

Necessitamos, então, de expulsar a humildade envernizada, que ainda em nós reside, para, na simplicidade de nossos corações, recebermos a verdadeira luz e penetrarmos no entendimento de tudo quanto o Mestre nos quer ensinar. "Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a lei."¹

Sejamos leais em nossos pedidos a Deus, para melhor adentrarmos na compreensão de sua Lei e dos seus mensageiros, aceitando, humildemente, em nossos corações, que a verdade não foi posta sempre ao alcance de todos, visto ser necessário "que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado", segundo nos advertem os Espíritos reveladores, sob a égide do Espírito de Verdade². Esses mesmos Espíritos Superiores alimentam-nos a esperança de dias melhores, quando, alentando o Codificador Allan Kardec, dizem: "Vem próximo o tempo em que a Verdade brilhará de todos os lados"³. Decerto, na ocorrência de tais fatos, talvez já adultos e menos crianças, capacitados à alimentação mais sólida, segundo Paulo, teríamos melhor compreensão espiritual do que significa ser manso e humilde de coração.

E nos atuais dias observo que está mais dificil o ser Humano ter humildade, ter humildade pra ser honesto,ter humildade para adimitir que errou e acima de tudo ter humildade para ajudar um irmão!!!

A humildade é uma qualidade dos que são modestos, consistindo em silenciar os méritos possuídos. Em razão deste entendimento, assim conceituado, certa vez, procurado por um amigo, disse-nos ele: - Quando Jesus afirmou ser humilde de coração, não teria faltado Ele a este princípio, mostrando-se, assim, sem humildade? Naquela oportunidade, tecemos algumas considerações contrárias ao pensamento do consulente. Depois, resolvemos escrever as razões ora apresentadas.

Há instantes em nossas vidas em que a virtude maior consiste em dizermos de alguma boa qualidade que tivermos, constituindo o silêncio a seu respeito grande mal. Isto acontece, por vezes, na experiência de cada dia, geralmente entre os grandes homens, responsáveis pela direção de setores importantes para o público. Em tais casos, silenciar seria levar prejuízos à existência de muitos, principalmente quando estes ainda se alimentam na confiança, na segurança, fortaleza e fé que possuem nas palavras daqueles que lhes incutem tais sentimentos.

Os próprios pais, quando, isentos de orgulho e vaidade, no desejo de corrigirem seus filhos, desviando-os de erros ou invirtudes, falam de alguma boa qualidade possuída, não pecam eles contra a humildade. Esta deve ser compreendida como ausência de arrogância e vaidade. É irmã gêmea da simplicidade. Os soberbos não sabem ser simples. Sempre ostentam orgulhosamente o quanto sejam ou possuem.

Se vencermos, em nós, a arrogância, obteremos vitória sobre nosso egoísmo, causa maior dos grandes males da Humanidade. Estaríamos a vitoriar sobre nós mesmos e sobre o próprio mundo. Passaríamos a ser criaturas sinceras, fraternas, caridosas, vendo no outro o nosso próximo.

Se fôssemos realmente fraternos, encontraríamos a todos como irmãos, e não mais nos sentiríamos inimigos de quem quer que seja. Se nos conduzíssemos numa linha de inteira fraternidade, com certeza, fugiriam de nossos corações empáfia e vaidades. Então, a própria humildade seria o veículo por onde trafegariam todas as nossas boas qualidades.

Quando Jesus assentou ter vencido o mundo (João, 16:33), quis-nos dar exemplo de desprendimento e advertir-nos sobre o quanto ainda nos arrasta a sentimentos inferiores, negativos. Sendo Ele Embaixador do Pai, entre todos nós proclamou grande verdade, ao dizer: "(...)aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração (...)." (Mateus, 11:29.)

Por existirmos em nossos desníveis, vivenciando quedas morais, temos, em geral, dificuldades no entendimento de certas passagens da vida de Jesus. Em tudo, porém, foi Ele humilde de coração, visto jamais podermos imaginá-lo orgulhoso, carregando vaidade, como se ainda possuído das mesquinharias humanas. De igual modo, se alijarmos de nós a montanha de nossas deficiências, também seremos naturalmente humildes, porque a simplicidade passará a cimentar nosso modo espontâneo de ser. Sem essa compreensão, jamais iríamos alcançar muitas outras palavras, tais como. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João, 14:6); dado que, em verdade, Ele é a luz do mundo e quem o seguir "não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz da vida" (João, 8:12), conforme nos assegurou.

"Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos." (João, 3:31.) Mister se faz buscarmos nos afastar de sentimentos rigorosamente terrenos, a fim de penetrarmos no espírito da linguagem daqueles que têm autoridade para falar. E Jesus, "(...) o Filho do homem tem sobre a terra autoridade (...)" (Mateus, 9:6), continuando a afirmar: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra." (Mateus, 28:18.)

Se já nos sentíssemos sinceros, verdadeiros nos pronunciamentos emitidos, não mais iríamos duvidar das palavras de nosso Mestre e Senhor. Teria Paulo de Tarso, por exemplo, faltado à verdade, ao se expressar, dizendo: "(...) já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (...)" (Gálatas, 2:20)? O grande apóstolo, sem faltar à verdade, nem falsear a humildade, sentia-se humilde de coração, para assim se exprimir, repetindo desta forma: "Nós, porém, temos a mente de Cristo." (I Coríntios, 2:16.)

Na medida em que formos nos desprendendo das negatividades de todos os séculos, iremos aceitando que muitos vieram como extraordinários mensageiros do Alto. Uns, preparando caminhos, roçando estradas, abrindo clareiras. Outros, executando, comandando, ditando planos. Vejam-se as personalidades de João Batista e de Jesus. Ambos, portageiros de verdades, todavia, bem diferentes um do outro. Aquele, veículo da verdade. Este, a Verdade. Não fosse assim, deixaríamos de assimilar do salmista: "As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre." (Salmos, 119 e 160.) Nestas razões, acolhemos Jesus como médium de Deus, pois Ele assim também falou: "(...) a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou." (João, 14:24.) Fez-se a maior expressão da verdade que descera à Terra. Suas mensagens organizaram para a Humanidade o maior código de ética para o verdadeiro procedimento dos homens. Afirmou Ele: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão." (Lucas, 21:33.) E, na passagem de tantos séculos, suas palavras sempre são atuais.

Necessitamos, então, de expulsar a humildade envernizada, que ainda em nós reside, para, na simplicidade de nossos corações, recebermos a verdadeira luz e penetrarmos no entendimento de tudo quanto o Mestre nos quer ensinar. "Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a lei."¹

Sejamos leais em nossos pedidos a Deus, para melhor adentrarmos na compreensão de sua Lei e dos seus mensageiros, aceitando, humildemente, em nossos corações, que a verdade não foi posta sempre ao alcance de todos, visto ser necessário "que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado", segundo nos advertem os Espíritos reveladores, sob a égide do Espírito de Verdade². Esses mesmos Espíritos Superiores alimentam-nos a esperança de dias melhores, quando, alentando o Codificador Allan Kardec, dizem: "Vem próximo o tempo em que a Verdade brilhará de todos os lados"³. Decerto, na ocorrência de tais fatos, talvez já adultos e menos crianças, capacitados à alimentação mais sólida, segundo Paulo, teríamos melhor compreensão espiritual do que significa ser manso e humilde de coração.

1. XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 17ª edição. Rio de Janeiro, FEB, 1986, cap. 43.

domingo, janeiro 23, 2011

O MÉDICO INTERNO


O MÉDICO INTERNO

Crêem muitos discípulos do Espiritualismo que todas as ocorrências desagradáveis da existência terrestre resultam de punições da Divindade ou de resgates impostos pelos erros do passado, próximo ou anterior.

Certamente a crença generalizada merece reparos, por não se ajustar totalmente à linguagem dos fatos.
O conceito sobre uma Divindade punitiva e cruel encontra-se defasado diante da nova compreensão do amor, que é recurso dinâmico a viger em todo o Universo.

Jamais a Consciência Cósmica se imiscuiria mediante atos de perversidade aplicados contra as frágeis criaturas humanas, ignorantes da sua realidade e destinação, ainda atravessando as áreas primárias do seu desenvolvimento.

Deus-Amor irradia-se em energia vitalizadora e reparadora, a tudo e a todos mantendo em equilíbrio, mesmo quando, aparentemente, algumas desconexões e desarranjos parecem perturbá-lo.

O processo de evolução dá-se através do desgaste como do aprimoramento, da doença e da saúde, da queda e do soerguimento...

Da mesma forma, há ocorrências que são conseqüências da invigilância, da irresponsabilidade, do desamor de cada ser. Nem sempre, portanto, as enfermidades podem ser consideradas como processos cármicos em mecanismos de reparação.

O organismo é excelente máquina constituída por equipamentos delicados, que são comandados pelo Espírito através do cérebro.

Quando o indivíduo tem a propensão para o pessimismo, o ressentimento, o desamor, cargas deletérias são elaboradas e atiradas nos mecanismos encarregados de preservar-lhe a organização somática, produzindo-lhe inúmeros males.

Igualmente, as disposições otimistas e afetuosas produzem energias refazentes, que recuperam os desarranjos momentâneos dos complexos órgãos que constituem a maquinaria fisiológica.

O corpo humano é laboratório de gigantescas possibilidades, sempre suscetível de autodesarranjar-se ou auto-recompor-se conforme as vibrações emitidas pela mente.

A mente representa-lhe o centro de controle que envia as mensagens mais diversas para todos os pontos da sua organização.

Uma emoção qualquer ocasiona descarga de adrenalina na corrente sangüínea, produzindo sensações equivalentes ao tipo de agente desencadeador.

Assim sendo, encefalinas e endorfinas são secretadas pelo cérebro sob estímulos próprios, produzindo imediatos efeitos no aparelho físico. Enzimas outras são produzidas com cargas positivas ou negativas, conforme a ordem mental, que contribuem para a manutenção da saúde ou a piora da enfermidade.

Auto-reparador, o aparelho circulatório, de imediato à agressão, reúne a fibrina dos vasos procurando elaborar coágulos-tampões que impedem a hemorragia e preservam a vida. Também ocorre o mesmo em referência às enfermidades - o câncer, a "aids", as paralisias, as enfermidades cardíacas e outras - que sob o comando mental correto vitalizam o sistema imunológico, produzindo diversas células com poder quimioterápico mediante o qual bombardeiam as células rebeldes e doentes, destruindo-as, da mesma forma isolando as portadoras de degenerescência e favorecendo as saudáveis, assim restaurando a saúde ou facultando maior sobrevida.

Afinal, o mais importante na área da saúde não é o tempo de vida - o número de anos que se frua - mas a intensidade, o bem-estar, a alegria e os objetivos vivenciados.

A morte é inevitável e constitui bênção em relação à experiência física; no entanto, a forma como cada qual se comporta no corpo é que se torna essencial.

Há, no corpo humano, um médico às ordens da mente, que o Espírito encarnado comanda, aguardando a diretriz para agir corretamente.

Desconsiderado, deixa de atuar, superado pelos fatores destrutivos, igualmente ínsitos na organização fisiológica, prontos à desgastante tarefa da doença e da degenerescência celular.

Esse médico interior pode e deve ser orientado pelo pensamento seguro, pelas disposições do ânimo equilibrado, pela esperança de vitória, pela irrestrita fé em Deus e na oração, que estimulam todas as células para o desempenho correto da finalidade que lhes diz respeito.

Joanna de Ângelis

sábado, janeiro 22, 2011

Ana Jaicy Guimarães na Casa do Caminho Ave Cristo em Birigui/SP

Na tarde deste sábado (22/01) ganhamos um lindo presente, palestra da querida Ana Jaicy Guimarães, no Centro de Promoção Humana Ave Cristo de Birigui, que falou sobre “Perturbações”.

Lembrou que a tecnologia aproxima as pessoas, fez o mundo tornar-se pequeno demais, lembrou que com tantas facilidades em um piscar de olhos todos nós estamos conectados a tudo, porém hoje já buscamos a reaproximação com DEUS. Disse que se em 24 horas, conseguirmos ficar 5 minutos verdadeiramente conectados com a espiritualidade, podemos nos considerar pessoas especiais e que devemos tentar nos melhorar a cada dia, aumentando em 6, 7, 8 minutos até que possamos estar vivenciando a espiritualidade. 


Lembrou que em A Gênese, estudamos que a terra é um planeta de provas e expiações e comentou várias vezes da pergunta que Kardec faz aos espíritos da influência dos espíritos em nossas vidas, onde a ponto a destacar é “... de tão ordinário, são eles que nos conduzem.”

E falou das fases que todos nós espíritas devemos estar atentos que são os sinais que recebemos quando estamos entrando em uma fase de pertubações.
1-) Mal estar sem nenhum motivo, aparece e desaparece, sem fazermos nada para que ele termine, estamos bem de repente começamos a nos sentir mal;
2-) Mal humor matinal, acorda e já fica mal humorado, quando dormimos nosso perispirito  liga-se com que tipo de espíritos?
3-) Ficar irritado, não conseguimos improvisar o nosso estado espiritual e lembrou-nos que tem pessoas que ainda afirma “hoje estou irritada, me deixe em paz”, como se isto fosse uma coisa a ser comentada. Reconhece-se o verdadeiro espírita por seu esforço diário em ser melhor e seu esforço para manter esta melhora.
4-) Agressividade, este estágio é perigoso. Momento de despertar que você é espírita.
Não podemos neste estágio estar a serviço na casa espírita, porque agressivos como receber bem quem chega para receber passe, tratamento, como vamos impor nossas mãos em favor do próximo.
Dona Ana disse que precisamos perguntar a nós mesmo se somos um investimento que deu certo?

Encerrando disse que sejamos nós as pessoas que aglutina e não as que afastam as pessoas e que através desta aglutinação transformemos as nossas casas espíritas em um lugar onde as pessoas queiram permanecer após o encerramento das atividades, devido ao ambiente fraterno que se forma, através da amizade, carinho e atenção de todos que estão a trabalho do bem.


Enquanto o vídeo esta em fase de edição, o áudio da palestra já está disponível na Rede, acesse:


Vilson Disposti realiza 2 psicografias durante a palestra de Ana Jaicy

                                                             Vanderlei, Ana, José e Cleide

Texto: Cleide Bucalon (Birigui/SP)
Fotos: José Aparecido (Auriflama/SP)
confiram mais fotos http://www.facebook.com/album.php?id=100001212150882&aid=39955

PADECIMENTOS - Espírito João de Deus


  PADECIMENTOS

                                      Por que sofremos, padecemos, na jornada escolhida? Será que não temos descurado de nossos compromissos e de nossas obrigações centrais de nossas vidas?
                                      Cada um tem reservada uma cota para buscar o seu reacerto, na caminhada terrena. Cabe, dentro do possível, a cada qual, saber fazer  as escolhas e buscar os meios de que necessita para, aos poucos, conseguir superar as dificuldades e os momentos que vão seguindo.
                                      Reside aí, nas escolhas e nos momentos trabalhados, toda a gama de problemas para se atingir os objetivos.
                                      Se fazemos escolhas que não são apropriadas, que não nos deixam, a cada instante, dentro daquilo que tínhamos que seguir, então, em local ou caminho não propício, acabamos seguindo por muitos rumos e desvios que não levarão a lugares muito apropriados. Perderemos tempo ou gastaremos tempo exacerbado para, depois, chegar ao bom termo.
                                      A livre escolha é uma chave perfeita que nos é oferecida pelo PAI, a fim de que conservemos a individualidade e possamos, a todo o momento, nos encontrar conosco mesmo, e, principalmente, angariar os melhores propósitos para as nossas vidas.
                                      Quando as escolhas não são adequadas, apropriadas, nós mesmos percebemos e sentimos que algo não vem caminhando certo, parece, no íntimo, que as coisas não estão no lugar e no tempo certo. Brota intimamente a dúvida, a incerteza, e com isso geramos, em nós mesmos, energias que não são aquelas necessárias, sem contar que perdemos muitos fluídos e acabamos nos sentindo incapacitados frene a situação que nós mesmos criamos.
                                      Leva algum tempo para que venhamos a perceber este estado que nos encontramos. Quando detectamos, prendemos os olhos em nós mesmos, e com esforço, conseguimos corrigir os caminhos e não perdemos mais empo e energias, na caminhada.
                                      Ocorre que nem sempre isto se faz possível, pelos entraves que criamos, quer pelo pensamento em desalinho, quer pelo estado de influenciação que, ao redor de nós, acabamos conquistando. Estamos nesses momentos, com a consciência turvada, obsediados como dizemos. Tudo parece se afastar, até sentimos que estamos longe de nós mesmos. Fica um processo de imantação e de prostração que, rodando em circulo, ficamos tempos e tempos sem resultado positivo algum.
                                      Tudo tem um propósito na Criação, nada escapa do Criador, ainda que por nós mesmos conduzidos que estamos naquele estado de coisas. A situação que criamos é séria e dependerá de muita pertinácia e esforço para que o começo possa ser buscado e que se encontre um caminho no amanhã.
                                      Embora as coisas estejam difíceis, da mesma forma que criamos ou atraímos, possuímos plenas condições para o reavivamento de nossas energias e busquemos novas alternativas com o propósito de deixar o estado de subjugação ou fascinação em que nos encontramos.
                                      É nessas horas que JESUS precisa estar no leme de nossas vidas, para que nos ampare e permita que, com Ele, consigamos refazer o caminho e superar as energias e os compromissos assumidos.
                                      Permitirá o Mestre que novos parâmetros cheguem em boa hora e com novos pensamentos consigamos auferir a cota de que precisamos para a superação. Estrada tantas vezes longa, difícil, mas que vem sempre acompanhada da certeza da benção que estamos alcançando.
                                      Só mesmo com muito esforço mental e disposição no bem, com trabalho ativo é que os reacertos se estabelecem.
                                      Fazer o melhor, após a retomada, ainda que seja uma subida íngreme, é a nossa obrigação . Tudo depende de nosso esforço próprio e das companhias espirituais que estaremos buscando. Quanto mais firmes nos propósitos do bem, conseguiremos as mudanças de que necessitamos. Na sequência, vamos encontrando forças para a superação.
                                      O esforço para um bom resultado é obra de cada um e não devemos desanimar. A medida que vitórias vão sendo alcançadas, novos parâmetros vão surgindo e conseguiremos bons resultados.
                                      A oração com trabalho no bem são os melhores remédios, além da fé e confiança irrestrita no Pai e nos seus emissários.
                                      Busquemos novos parâmetros e com boas energias tudo virá ao nosso encontro.
                                      Cabe a cada qual reafirmar seus compromissos e seus reajustes. Só assim será permitido que as conquistas e as mudanças sejam definitivas.
                                      Façamos a tarefa que nos cabe, limpando o lixo mental e espiritual que angariamos e tenhamos excelentes resultados.
                                      O melhor nos espera e será proporcional aos nossos esforços.
                                      Conseguiremos sempre a benção do reacerto.

                                       JOÃO DE DEUS
Mensagem Psicografada, recebida no dia 21.01.11.
Médium Vicente Benedito Battagello, Araçatuba/SP.

terça-feira, janeiro 18, 2011

REFLEXÕES SOBRE A GRANDE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

REFLEXÕES SOBRE A  GRANDE  TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

            Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade.
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Pleiâdes (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Incialmente apresento algumas considerações.

O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
            Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do “princípio das dores” e da“grande tribulação”.
            Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária , que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentadanas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades(colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : “ O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado...”
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente,engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, aamorável  Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos! 


Suely Caldas Schubert  - 18/01/2011

domingo, janeiro 16, 2011

Flagelos e providências - Aylton Paiva


Flagelos e providências 
Aylton Paiva 

Nestes últimos dias temos acompanhado pelos noticiários dos canais de televisão a desgraça e a devastação que os ventos e as chuvas têm feito, provocando alagamento de cidades,  de rodovias e o deslizamento de encostas que levam de roldão o que têm pela frente: casebres, casas, palacetes,  carros e transeuntes.
            Temos acompanhado que a destruição tem afetado principalmente as pessoas mais pobres as quais, para ter um pedaço de chão para viver, invadem as beiras dos riachos e as encostas dos morros.
            Nossos olhares angustiados constatam os dramas trazidos pelas lágrimas daqueles que sofreram esses terríveis impactos e soluçam pela morte de filhos, pais, irmãos e amigos soterrados pela reação da natureza aos desafios do seu existir.
            Seria possível a sociedade, em nosso caso, a brasileira evitar essas catástrofes ou é o destino, é a consequência do viver sem prudência e sem responsabilidade?
            Um pesquisador desses fenômenos, em entrevista, pela televisão afirmou:
            - “ A gente, no passado, urbanizou de forma descontrolada e visando apenas o interesse de pessoas e grupos econômicos.
            Invadimos as margens dos rios. Destruímos a vegetação que as amparavam e controlavam.
            Canalizamos os rios e construímos, em nome do progresso, extensas avenidas sobre eles.
            Esprememos o rio em suas margens, tomando o espaço que era dele.
            Não nos preocupamos com as construções e edificamos nas baixadas e próximo, o máximo possível, das margens dos rios e riachos.
            Cobrimos o solo com pedras e asfalto impedindo a água de ir para o seu âmago.
            Vimos os miseráveis escalarem o sopé dos morros e equilibrarem precariamente seus barracos nesses locais, obviamente, perigosos e condenados.
            Os poderes públicos não tomaram providências, e em muitos lugares, ainda não tomam, para impedir que esses infelizes e despossuídos, em desespero de sobrevivência, assumissem riscos previsíveis.
            - Uma voz clamou:
            - Mas, não são só pobres que provocam e sofrem os efeitos dessas catástrofes!
            - Sim, não são só eles. A especulação imobiliária invade espaços vitais da natureza, levantam casas e edifícios nas mesmas áreas de risco.
            Sabem o mal que estão fazendo, todavia, o interesse pelo lucro é maior do que o equilíbrio da natureza e a vida das pessoas.
            Ouvindo essas tristes e terríveis informações, pensei: - haveria meios para conjurar esses flagelos?
            Lembrei-me da Lei da Destruição, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, na questão nº 741:
            “ É permitido ao homem afastar os flagelos que o torturam?
            - Em parte, sim; não, porém, como geralmente o entendem.
            Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiências, ele os pode afastar, isto é, preveni-los, se souber pesquisar suas causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, há os de caráter geral, que estão nos desígnios da providência e dos quais cada indivíduo recebe, em maior ou menor grau, o contragolpe. O homem nada pode opor a esse tipo de flagelo, a não ser submeter-se à vontade de Deus. Além disso, muitas vezes esses males são agravados pela negligência do próprio homem.”
            A essas instruções dos Mentores Espirituais, Allan Kardec aditou:
            “ Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados na linha de frente a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da terra. Entretanto, não tem o homem encontrado na Ciências, nas obras de arte ... meios de neutralizar, ou, pelo menos, de atenuar tantos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão hoje livres deles? Que não fará, então, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando, sem prejuízo da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes?”
            Parei para pensar: esses conceitos foram emitidos com a publicação do citado livro em 18 de abril de 1857.
            Quanto a Ciência e a tecnologia evoluíram... Se não afastamos grande parte desses flagelos é porque o egoísmo e a ganância ainda reinam acima da Justiça e do Amor que beneficiariam as pessoas e a coletividade.
            De se lembrar que, quando o Amor não sensibiliza para o bem-estar, a dor imporá o despertamento para a realidade.


Aylton Paiva é agente fiscal de rendas aposentado, ex-diretor da Câmara Municipal de Lins e dirigente espírita, é Diretor do Departamento de Assistência e Promoção Social da União das Sociedades Espíritas do Estado de
São Paulo.


sábado, janeiro 15, 2011

A ORIGEM ESPIRITUAL DAS DOENÇAS


Edvaldo Kulcheski *  

A doença não é uma causa, mas sim uma consequência que é proveniente das energias negativas que circulam nos nossos dois organismos – no corpo espiritual [perispírito] e no corpo físico.
O controlo de todas as energias que recebemos e emitimos é feito através dos pensamentos e dos sentimentos. E se temos connosco  energias que nos provocam doenças, é porque somos indisciplinados a nível mental e emocional.   No livro  Nos Domínios da Mediunidade, o espírito André Luíz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que intoxicam os seus tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que o degradam e que se reflectem nas células materiais”. 
Estamos permanentemente a receber energia vital que nos chega do Cosmos através da alimentação e da respiração assim como pelas irradiações emitidas pelas outras pessoas, para as quais também nós enviamos a energia que geramos. Assim, somos responsáveis pela emissão de energias positivas ou negativas que vamos fazer chegar aos outros, conforme aquilo que pensarmos e sentirmos pelas pessoas em causa. Daí ser essencial vigiar-se tanto os pensamentos como os sentimentos.

Géneros de doenças :
Há três géneros de doenças: físicas, espirituais e por atracção ou simbiose.   As doenças físicas são distúrbios provocados, entre outros, por algum acidente, por um excesso de esforço ou por um exagero alimentar, o que faz com que um ou mais órgãos não funcionem como deve ser, criando uma indisposição orgânica. 
As doenças espirituais são provenientes das nossas vibrações e ficam a dever-se à acumulação no nosso perispírito de energias nocivas que vão gerar uma auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético favorável à instalação de doenças que afectam todos os órgãos vitais, como o coração, o fígado, os pulmões, o estômago, etc., trazendo com elas uma fieira de sofrimentos.
As energias nocivas causadas pelas doenças  espirituais, podem ter origem nas reencarnações anteriores e enquanto não forem drenadas, mantêm-se no perispírito doente.
Em cada reencarnação– ao nascermos ou já na vida intra-uterina – podemos trazer connosco os efeitos das energias nocivas que estão gravadas no nosso perispírito e estes mesmos efeitos irão agravar-se se acumularmos mais  energia negativa na actual reencarnação. Enquanto estas energias continuarem a estar no perispírito, a cura total não se dará. 
Quanto às doenças por atracção ou simbiose, são aquelas que chegam até nós devido à sintonização que fazemos com fluidos negativos.  
O que é que uma pessoa colérica, que está sempre a vibrar maldades e pestilências, pode atrair, senão a mesma coisa? Esta atracção gera uma simbiose energética, a qual, pela via fluídica, provoca no encarnado a sensação de que está a sofrer de uma doença que, na verdade, a quem está a afectar é ao organismo do espírito que está ligado energeticamente a esse encarnado, dando-lhe a sensação de que é ele que está doente, pois sente todos os sintomas que o espírito sente. É o que se passa quando uma pessoa vai ao médico e este nada lhe encontra…
 André Luíz afirma que  “se a mente encarnada ainda não conseguiu disciplinar e dominar as suas emoções e, pelo contrário, alimenta paixões (ódio, inveja e/ou ideias de vingança), ficará sintonizada com os irmãos do plano espiritual inferior que vão emitir fluidos malsãos para impregnar o perispírito do encarnado e intoxicá-lo com estas emissões mentais, podendo levá-lo à doença.”

 O aparecimento das doenças:
Cada um dos nossos pensamentos, emoções, sensações ou sentimentos negativo, faz com que o perispírito fique imediatamente com uma forma mais densa e que a sua cor fique mais escura, devido à absorção dessas energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o ser humano mobiliza e atrai fluidos primários, e portanto, grosseiros, que se convertem num resíduo denso e tóxico.
Por causa da sua densidade, estas energias nocivas não conseguem descer logo para o corpo físico e vão-se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou que não descerem ao corpo físico, acabam por prejudicar o funcionamento do perispírito, pois formam manchas e placas que se agarram à superfície deste e que se vão agravar, se a carga nociva que está acumulada for aumentada com desatinos na existência actual. 
Nos seus tratados didácticos, a Medicina explica que desde o nascimento físico existem no organismo humano micróbios, bacilos, vírus e bactérias, que são capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, não causam incómodos, doenças ou afecções mórbidas, pois são impedidos de terem uma proliferação além da “quota mínima” que o corpo humano pode suportar sem que adoeça. No entanto, quando estes germens, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da Natureza, começam a proliferar e a destruir os tecidos do seu próprio “hospedeiro”.
Saindo em ondas sucessivas das estruturas energéticas do perispírito em direcção ao corpo físico, estas irradiações nocivas criam áreas específicas, onde se instalam e desenvolvem as vidas microscópicas encarregues de produzirem os fenómenos que serão compatíveis com o quadro das necessidades morais do indivíduo. Estas vidas microscópicas alimentam-se das energias nocivas que chegam ao corpo físico, conseguindo multiplicar-se muito rapidamente e, por consequência, causando as doenças.  A recuperação do espírito doente só se consegue, mediante a eliminação da carga tóxica de que está impregnado o seu perispírito.  
 Embora o “pecador” já arrependido esteja disposto  a uma reacção construtiva no sentido de se purificar, não pode subtrair-se ao império da Lei de Causa e Efeito, que diz que a cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, que impõe uma rectificação de aperfeiçoamento na mesma proporção. Ou seja, a pessoa terá que se esforçar para repor as energias positivas, tal como se esforçou para gerar as energias negativas que se acumularam no seu perispírito. 

Eliminação das energias tóxicas
Assim e como consequência deste determinismo, o corpo físico que vestimos nesta encarnação ou outro qualquer que tenhamos numa reencarnação futura, terá inevitavelmente que ser o dreno ou a válvula de escape para eliminar os fluidos nocivos que nos intoxicam e que nos impedem de caminhar firmemente pela estrada da evolução.  Durante a purificação do perispírito, as toxinas psíquicas encaminham-se para os tecidos, órgãos e zonas do corpo físico, provocando as disfunções orgânicas a que damos o nome de doenças. 
Quando o espírito não consegue eliminar todo o conteúdo venenoso do seu perispírito durante uma existência física, vai acordar no Além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Neste caso e devido à Lei dos “Pesos Específicos”, pode ir ter às zonas pantanosas do Umbral, onde vai ser submetido à terapia de purga obrigatória no lodo absorvente. Assim, a pouco e pouco, vai-se livrando das excrescências, nódoas, venenos e “crostas fluídicas”, que nasceram no tecido do seu  perispírito por causa dos actos indisciplinados que cometeu na matéria. 
Os charcos pantanosos do Umbral inferior, são do mesmo nível vibratório das manchas e das placas e é por isso que servem para drenar as energias nocivas. Apesar de sofrermos muito nestes locais, isto alivia-nos da carga tóxica acumulada na Terra, tal como também acontece ao nosso psiquismo doente que, depois de sofrer através da dor pungente, acorda e se corrige, para viver existências futuras mais educativas e menos animalizadas. 
Os espíritos Socorristas só tiram dos charcos “purgatoriais”, os “pecadores” que já estão aptos a suportar uma permanência nos Postos de Socorro e nas Colónias [ou Cidades] de recuperação perispiritual, adjacentes à superfície da Terra. Cada espírito tem o seu limite relativamente ao que pode aguentar no meio desses charcos. Nessa altura, é resgatado, mesmo que ainda não tenha eliminado todas as placas, e irá reencarnar em corpos, onde limpará e drenará essas energias através de doenças que lhe irão aparecer. 
  
A ajuda da Medicina  
Como o Espiritismo não prega o conformismo, é de todo em todo lícito procurar-se a medicina terrestre que pode aliviar muito e até curar, onde tal for permitido por Deus. Se a misericórdia divina pôs os remédios ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que emigraram do perispírito para o nosso corpo físico, mas não devemos esquecer-nos que os remédios alopáticos [os tradicionais] combatem apenas os efeitos da doença. Umas vezes, as doenças exigem tratamentos prolongados; outras, é preciso ir-se até à mesa de operações, mas seja qual for o processo, tudo faz parte da Lei de “Causa e Efeito”, que nos  tenta despertar para a reforma moral através deste meio doloroso. As medidas profiláticas relativas às doenças, têm que começar pela conduta mental, exteriorizando-se depois na actuação moral – conceito muito bem reflectido na antiga máxima romana “mens sana in corpore sano” [mente sã em corpo são].
 Os máximos responsáveis pela convocatória de energias primárias e nocivas que adoecem o homem, são os estados de indisciplina, que dão origem às reacções do perispírito contra o corpo físico. Sentimentos tais como o orgulho, a avareza, o ciúme, a vaidade, a inveja, o egoísmo, a calúnia, o ódio, a  vingança, a luxúria, a cólera, a www.geb-portugal.org Pág. 4 de 4 maledicência, a intolerância, a hipocrisia, a amargura, a tristeza, o amor-próprio ofendido e o fanatismo religioso, assim como as consequências  nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são geradores de energias nocivas. 
Em resumo, a causa das doenças está na leviandade com que o homem encara a sua relação com a vida. Se se fizer uma análise criteriosa ao seu comportamento, constatar-se-á que todos os sofrimentos que o afligem continuarão a existir enquanto ele não destruir as suas causas. Portanto, as soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar-se contra todas as aflições, mas que ninguém conte com “milagres”…   Por outras palavras, para se conseguir a cura integral de uma doença, é preciso que pensamento e actuação estejam sempre dentro daquilo que são os ensinamentos cristãos.

http://www.geb-portugal.org/Admin/Ficheiros/aorigeme323.pdf

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Palestra "Senhor, entra na minha Casa" com Reginaldo Teixeira

Palestra "Senhor, entra na minha Casa" com Reginaldo Teixeira de Sá realizada no dia 10/01/2011 na Comunidade Espírita Jesus de Nazaré na cidade de Auriflama/SP

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Podemos partir desse mundo antes da hora?

A hora, o momento, o instante da morte suscita ainda muita incompreensão, mesmo entre espíritas. Normalmente, o delicado assunto vem à baila quando ocorrem fatos inesperados e chocantes, com elevado número de óbitos e extrema comoção social. Os que entendem não haver momento prefixado para a morte até se louvam em textos de O Livro dos Espíritos, mas esquecidos de que estes sempre estão subordinados a um todo, cuja lógica granítica não pode ser apanhada no calor de uma preconcepção que se quer confirmar a todo custo.
O n. 746 da Obra-base registrou que o assassinato é grande crime aos olhos de Deus, pois “aquele que tira a vida ao seu semelhante corta o fio de uma existência de expiação ou de missão”, aduzindo a isto que “aí é que está o mal”… A intenção foi desqualificar o crime, valorizando a vida em seus propósitos mais altos, e não propriamente afirmar o absurdo de que seria possível uma pessoa deixar de cumprir sua missão, ou de expiar suas faltas, se uma terceira tentasse e conseguisse matá-la. Houve imprecisão na retórica, mas não serve de exemplo aos mais versados na Filosofia Espírita, preconizadora da bondade e da justiça de Deus acima de tudo.
O que não soa bem é que se negue a Providência e se aclame o acaso em nome do Espiritismo, tanto mais lamentavelmente num momento decisivo como o da morte. Segundo Allan Kardec: “O Livro dos Espíritos não é um tratado completo do Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação.” (Revista Espírita. Julho de 1866. Perguntas e problemas.) Todavia, não é o caso de recorrer a esta importante advertência do mestre. O próprio Livro dos Espíritos bem estabelece que “fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é” (853).
Tal instrução, contudo, não prega o óbvio, o fato biológico de que viver implica necessariamente morrer. O que proclama é que o instante da desencarnação é predeterminado, e não a banalidade de que morrer é inevitável aos mortais. Até porque ao núcleo do sujeito (instante) é que diretamente se dirige o seu predicativo (fatal), com o perdão deste brevíssimo lembrete de sintaxe da nossa Língua. O Livro dos Espíritos revela, portanto, a verdade transcendente de que “qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos”, acrescendo a isto que “Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e, muitas vezes, seu espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência”. (853-a.)
Nesta mesma linha doutrinária, o n. 199 da Obra-base já estabelecera que a morte de uma criança “pode representar, para o espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar”. Os Instrutores da Codificação aludem a um processo deflagrado pelo próprio espírito em vida passada, e que teve por efeito abreviar-lhe aquela estada física, a qual findou antes do tempo que lhe fora prefixado, motivando a necessidade de uma vida futura mais breve, a interromper-se na infância. Ou será que a alguém acode o pensamento de que tal espírito deve retornar numa nova e mais curta existência porque um terceiro lhe ceifou a vida pregressa antes do momento em que devia terminar? O primeiro padeceria inocentemente o resultado de falta cometida contra si por outrem…
Fora zombar da Providência! O que a Doutrina Espírita ensina com precisão é que se for destino de alguém não perecer, ou perecer de tal maneira, assim será; e mesmo a interferência dos espíritos poderá verificar-se para tanto. É o que se lê no Livro que lhes traz o nome (ns. 526, 527 e 528). No “Resumo teórico do móvel das ações humanas”, síntese dos ensinos de O Livro dos Espíritos acerca da liberdade e da fatalidade, Kardec é muito claro: “No que concerne à morte é que o homem se acha submetido, em absoluto, à inexorável lei da fatalidade, por isso que não pode escapar à sentença que lhe marca o termo da existência, nem ao gênero de morte que haja de cortar a esta o fio” (n. 872).
Assim, no caso do assassinato em foco no n. 746 da Obra-base, a existência de expiação, ou de missão, foi interrompida dessa forma porque Deus o permitiu, em função de haver chegado a hora, o instante, o momento de seu fim. Todavia, não se conclua daí que haja redução de responsabilidade do assassino. Cometeu voluntariamente um crime, dívida que haverá de saldar a seu tempo. Exceto mediante práticas suicidas, não é possível partir deste mundo antes da hora.
Para uns, será o instante e o gênero da morte uma expiação; para outros, mera prova. Conforme o axioma kardeciano: “[...] a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação”. (O Ev. seg. o Esp., cap. V, n. 9.) A morte, porém, acontecerá no momento preciso, individual ou coletivamente; sendo certo que, de modo imprevisto, ninguém desencarnará vítima de falta alheia, o que, entretanto, não supõe a predeterminação do ato equívoco, mas a infalibilidade da Divina Lei. O Juiz, neste caso, lavra em termos irrepreensíveis o seu veredictum, porquanto, “para Deus, o passado e o futuro são o presente”. (Kardec. A Gênese. Frontispício.)
Aos infratores, as dívidas; às “vítimas”, a liberdade, o progresso espiritual, quer por simples prova, quer por expiação.

domingo, janeiro 09, 2011

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS

           Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
          (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 28 de fevereiro de 1972, em Uberaba, Minas Gerais.)

Resposta:

          Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
          Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
          É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
* * *
          Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
          Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
          Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
          Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
* * *
          Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
* * *
          Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
          Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

Emmanuel 

AS LEIS DA CONSCIÊNCIA

          A resposta de Emmanuel vem do plano espiritual e acentua o aspecto terreno da autopunição dos encarnados, em virtude de um fator psicológico: o das leis da consciência. Obedecendo a essas leis, as vítimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haveremcrescido em amor e trazerem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor no sacrifício reparador.
          As leis da Justiça Divina estão escritas na consciência humana. Caim matou Abel por inveja e a sua própria consciência o acusou do crime. Ele não teve a coragem heróica de pedir a reparação equivalente, mas Deus o marcou e puniu. Faltava-lhe crescer em amor para punir-se a si mesmo. O símbolo bíblico nos revela a mecânica da autopunição cumprindo-se compulsoriamente. Mas, nas almas evoluídas, a compulsão é substituída pela compaixão.
           Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma visão clara do processo evolutivo do homem. Como selvagem ele ainda se sujeita mais aos instintos do que à consciência. Po isso não é inteiramente responsável pelos atos. Como civilizado ele se investe do livre-arbítrio que o torna responsável. Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade. As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia) são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e a Deus. Nas civilizações modernas, tocadas pela luz do Cristianismo, os processos de autopunição se intensificam.
          O suicídio de Judas é o exemplo da autopunição determinada por uma consciência evoluída. O que ocorreu com Judas em vida, ocorre com as almas desencarnadas que enfrentam os erros do passado na vida espiritual. Para encontrar o alívio da consciência elas sentem a necessidade (determinada pela compaixão) de passar pelo sacrifício que impuseram aos outros. Mas o que é esse sacrifício passageiro, diante da eternidade do espírito? A misericórdia divina se manifesta na reabilitação da alma após o sacrifício para que possa atingir a felicidade suprema na qualidade de herdeira de Deus e co-herdeira de Cristo, segundo a expressão do apóstolo Paulo.
          Encarando a vida sem a compreensão das leis da consciência e do processo da reencarnação não poderemos explicar a Justiça de Deus – principalmente nos casos brutais de mortes coletivas. Os que assim perecem estão sofrendo a autopunição de que suas próprias consciências sentiram necessidade na vida espiritual. A diferença entre esses casos e o de Judas é que essas vítimas não são suicidas, mas criaturas submetidas à lei de ação e reação.
          Judas apressou o efeito da lei ao invés de enfrentar o remorso na vida terrena. Tornou-se um suicida e aumentou assim a sua própria culpa, rebelando-se contra a Justiça Divina e tentando escapar a ela.

Irmão Saulo (J. Herculano Pires)

Livro:  Chico Xavier Pede Licença – Um Aparte do Além nos Diálogos da Terra Cap.19
            Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, J. Herculano Pires
GEEM – Grupo Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora

sexta-feira, janeiro 07, 2011

"Masturbação Mitos e Consequências segundo o Espiritismo"

"Masturbação Mitos e Consequências segundo o Espiritismo"
Jorge Luiz Hessen
Brasília/DF
jorge.loluhesse@gmail.com

          Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais naárea sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso,escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrinaespírita aprender um pouco mais.
         O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidasanteriores e na evolução moral decada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que “cadacaso é um caso e muito particular”.
         Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvidaem muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza asexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbaçãoconduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo asexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece aviciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada. Por outrolado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nosconvocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações maisenobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada,não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outrasatividades, inclusive a prática da caridade.
         A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. Oauto-erotismo não deixa de ser uma busca de “prazer” egoísta, por isso mesmo,toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente,pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitáriacomo imagina. Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulameste vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta pormasturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, semdesconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam seralcançados. Por isso o Espírito Emmanuel, no livro "O Consolador",questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, “ao invés daeducação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homenseduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo”.
         O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes,carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, ohomem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem edevem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seusinteresses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultadosbenéficos. 
         A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização corretadas energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelasconversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentosda sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta. Muitas pessoas consideram oprazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele quedecorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e podeser contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse,sem exigência, sem o condicionamento carnal. 
         Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?!De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisãoconsciente de cada um a atitude a tomar. Limita-se a dar orientação e ademonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação ecoloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida. 
         A Doutrina Espírita apresenta a sexualidade despida da conotação religiosadogmática que consagrou o sexo pecaminoso, sujo, proibido e demoníaco. Todavia,não legitima o enquadramento da sociedade atual que consubstanciou o sexo comoobjeto de consumo, devasso e trivial. A proposta espiritista é da energiacriadora que necessita estar sedimentada pela lógica e pelo sentimento, pelorespeito e entendimento, pela fidelidade e amor, a fim de propiciar aexcelsitude e a paz, ou seja, “Um sexo para a vida e não uma vida para o sexo!”
         Para Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, diante das proposições a respeito do sexo,é justo sintetizar-se todas as digressões possíveis nas seguintes normas: nãoproibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno, com odevido respeito aos outros e a si mesmo; não indisciplina, mas controle; nãoimpulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, paradepois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos,lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantasvezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque aaplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente àconsciência de cada um. 
         Ninguém se burila de um dia para outro. Conversões religiosas exteriores nãoalteram, de improviso, os impulsos do coração. Achamo-nos muito longe da metapara alcançar o projeto de acrisolamento sexual. A rigor, nenhum de nósconsegue se conhecer tão exatamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho daexperiência afetiva que nos aguarda no futuro. Não há como penetrarmos nasconsciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um casoparticular, no que tange ao amor, reclamando compreensão. Em face disso, muitosde nossos erros imaginários na Terra são caminhos certos para o bem, ao passoque muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nosdesvencilharemos, um dia!...
         A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo,é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, face àspotencialidades criativas de que se reveste. À medida que a individualidadeevolui, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo dediscernimento e responsabilidade em sua aplicação. Por isso mesmo, deve estarcontrolada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criaçãode formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritasda sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e daexperiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta. 
         Nas ligações afetivas terrenas encontramos as grandes alegrias. No entanto, étambém dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais durasprovações. Embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, nocompanheiro ou na companheira da vida íntima, os nossos próprios reflexos.
         Analisemos o matrimônio, por exemplo, que pode perfeitamente ser precedido dedoçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marchaincessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações quedeixaram para trás. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisamreaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea,fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempremais em espírito -, dia por dia. Até porque extinta a fogueira da paixão naretorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amorpuro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casalpara mais altos destinos na Vida Superior, até porque é o Espírito quem ama enão o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê arealidade que transcende à vida física.
         Urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais altaexpressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje". E seo "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do"ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do"amanhã". Destarte, o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante,nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução. 
         Importa considerar que diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, àfrente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva dasenergias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicase a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefasque esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento doprogresso e do aperfeiçoamento entre os homens.
         Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre emprocesso de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz,evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarempor sede de apoio afetivo. É claramente nas lavras da experiência, errando eacertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um denós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar ossentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para aconquista da felicidade celeste e do Amor Universal. 

* Jorge Luiz Hessen é natural do Rio de Janeiro, residente emBrasília/DF. É Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formaçãoacadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor(dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicadosna Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília(pertence ao conselho editor), do Jornal da Federação de Mato Grosso e doJornal da FEDERAÇÃO DO DF. Artigo gentilmente oferecido para publicação no sitedo Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental.