sexta-feira, dezembro 31, 2010

Resolução para o Ano Novo


Resolução para o Ano Novo


Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...
Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias. 
Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino.
Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo.
Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos,
mediante a possibilidade de sermos bons para os outros.

Decisão é necessidade permanente.
Nossa vontade não pode ser multipartida.
Idéia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.
Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.
Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura.
Progresso é fruto de escolha.
Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção.
Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...
Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável.
Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre.
Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.
O objetivo da perfeição é inevitável benção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução. [Decisão, E - Cap. XXIV - Item 15]

Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...


Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Da obra:
 Opinião Espírita

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Fim de ano nas casas espíritas


       Fim de ano nas casas espíritas 

Orson Peter Carrara
Matão/SP


Permito-me transmitir aos amigos, com permissão do autor, um depoimento valioso que precisa ser divulgado e conhecido. Refere-se com competência à velha questão do fim de ano nas casas espíritas, onde, em  muitos casos, as atividades são suspensas. O depoimento do amigo vale pela oportunidade da reflexão. Acompanhe:

“(...) Eu sempre fui partidário de que as Casas Espíritas não suspendam o trabalho no período do Natal para que os espíritas possam se unir fraternalmente nesta data. Neste ano de 2010, eu fui convidado para fazer

Palestra no dia de Natal (sábado, 25), às 18h30, na cidade de ...., no .....

Aceitei de imediato, pois para mim, não existe presente maior que estar reunido, nesta data, com irmãos que professam a mesma fé. O dirigente me disse:

nossa casa é nova e este será o primeiro ano, depois que começamos, que o Natal será no sábado, dia em que temos Palestra. Será nossa primeira experiência neste sentido.
 Todos os sábados, incansavelmente os frequentadores e trabalhadores da casa era notificados que no dia do Natal, às 18h30, a casa estaria aberta para recebê-los, que a tarefa aos sábados não seriam interrompidas. Também haverá palestra no dia primeiro do ano. No sábado 25 estivemos lá para a Palestra, minha esposa e eu. Aos poucos os espíritas foram chegando e no horário marcado, a casa estava quase lotada.

Eram, aproximadamente, 120 pessoas. Posso lhes dizer que a noite foi divina, o ambiente estava iluminado e com a sensaçao de alguma coisa que vibrava  intensamente no ar. No final da palestra o público estava radiante de alegria e
muitas pessoas agradeceram, emocionadas, a oportunidade que tiveram de terem, realmente, uma noite feliz. Posso lhes dizer, sem medo de errar, que minha esposa e eu trouxemos daquela noite nosso melhor presente de Natal. (...)”

            A constatação do amigo é óbvia, mas precisamos sempre nos lembrar dela. O convencionalismo de datas e mesmo nossa acomodação não devem interromper tarefas importantes da vivência diária de aprendizados e oportunidades de crescimento. Claro que há situações e situações, mas é preciso ficar atento para a que a realidade da prevalência do espírito sobre o corpo seja intensamente vivida. Os interesses espirituais são muito mais importantes que os interesses do plano material. 
   


 Orson Peter Carra é Escritor e orador espírita. Constultor Editorial residente em Matão/SP





sábado, dezembro 25, 2010

FELICIDADE COM JESUS

Mensagem recebida no CELF – Centro Espirita Luz e Fraternidade – Casa da Sopa Emilia Santos - Araçatuba-SP.

FELICIDADE COM JESUS,

Filhos do coração,
Volto a encontrá-los no caminho que lhes está reservado, curvando-se aos ensinos do Mestre, lutando com afinco, cada qual ao seu modo, a fim de buscarem novos horizontes.
Felizes somos todos meus queridos irmãos em Cristo, pelas oportunidades que nos são conferidas para que tenhamos os meios de buscar a nossa melhoria e o nosso progresso.
Jesus sempre deve ser mesmo a razão de nossos dias, o cobertor de nossos momentos, alegres ou não, a fim de que, aquecidos por suas verdades e revigorados nas energias que elas nos possibilitam, possamos, em
qualquer circunstancia, superar a nós mesmos.
Só conseguimos vencer as nossas profundas mazelas e imperfeições quando nos voltamos com as mesmas forças, ungidas com o trabalho no bem e com o serviço da caridade, deixando nós mesmos para conquistar o nosso próximo. Livramos de nossas imperfeições construindo e edificando a vida de nosso irmão.
Vocês não imaginam ainda, meus irmãos, quão providencial foi, é e será, em vossas vidas, a união da família para o crescimento individual, somando forças no coletivo, e, ainda, a sustentação da fé que cada
um tem procurado buscar, com exemplos e dedicação, uns com os outros, dentro da casa que escolheram para o caminho atual.
Vencemos lutas e batalhas no passado, em detrimento de tantos e tantos irmãos que tombavam na estrada por onde passávamos. Hoje, contudo, é obrigatório que refaçamos esses caminhos e saiamos em busca desses corações, procurando cada um daqueles que ferimos e tombamos, a fim de que, pelo trabalho, pela dedicação e o serviço no bem, na orientação, possamos oferecer-lhes não só os braços e as palavras, mas a sustentação necessária para que se recuperem e vejam que, agora, diferente do passado, procuramos cobrir de amor e de paz onde só semeamos discórdias, guerras e tudo que os prejudicava.
Servindo o próximo, conduzindo-o na boa obra, dando-lhe consolo, oferecendo-lhe os recursos de paz e de equilíbrio, é que, juntos, numa só caminhada, conseguiremos ter dias melhores em direção às novas Moradas Celestiais.
Continuem firmes, sirvam os que encontrarem na estrada, quanto puderem, façam com que tudo que lhes está sendo possibilitado sirva de ferramenta para um mundo melhor.
Aos poucos, na medida em que tudo isto for sendo vivenciado, meus queridos, vocês perceberão que já estarão no caminho certo.
Jamais entreguem-se ao desânimo ou à crítica vã. Não percam tempo com aquilo que serve de alimento para nossa estagnação e de repasto para aqueles irmãos mais necessitados.
Jesus, nosso amorável Mestre, nos dizia que não caíssemos em tentação porque daí, a um passo, estaremos abandonando nossos compromissos e, mais e mais, deixaremos de servir e cumprir com nossas tarefas.
Precisamos, todos nós, uns dos outros, em quaisquer circunstâncias que estejamos!
Somos irmãos e assim nos cabe diante do Pai, buscar, em qualquer momento, ajudar e amparar, recebendo também a ajuda e o esclarecimento que nos estão destinados. Ninguém vive só, em lugar algum do Universo.
Todos interagimos, sempre.
Procurem revigorar as forças e continuem, hoje e sempre, consolando e amparando, na abençoada Casa de Jesus.
Um Natal Feliz para todos, perdurando por todo o ano vindouro e que Jesus continue a ser a luz do caminho de todos.
Iluminem-se cada vez mais, amando e servindo!
Consolo e paz a todos.
 EMILIA SANTOS

Mensagem recebida pelo médium Vicente B. Battagello no CELF – Centro Espirita Luz e Fraternidade – Casa da Sopa Emilia Santos– 14/12/2009


EMILIA SANTOS

Santa Maria da Vitória, BA, 01/01/1896 – Araçatuba, SP 26/09/1964

LEIA A BIOGRAFIA ACESSANDO:



sexta-feira, dezembro 24, 2010

O NATAL DO CRISTO




O NATAL DO CRISTO

A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.
Projetam-se anualmente, sobre a Terra os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos corações na esteira dos dias incessantes, convocando-nos a alma, em silêncio, à ascensão de todos os recursos para o bem supremo.
A recordação do Mestre desperta novas vibrações no sentimento da Cristandade.
Não mais o estábulo simples, nosso pr6prio espírito, em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...
Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do idealismo evangélico.
Natural o tom festivo das nossas manifestações de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho renovador a que o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado de muitos companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão fraternal.
E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre nos legou.
E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem necessárias.
È o passo definitivo para a descoberta de novas sementeiras de serviço edificante, atrav6s da visita aos irmãos mais sofredores do que nós mesmos e da aproximação com aqueles que se mostram inclinados à cooperação no progresso, a fim de praticarmos, mais intensivamente, o princípio do “amemo-nos uns aos outros”.
Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim aparece o Ano Novo à nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a responsabilidade.
Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar vivo de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.
Não nos esqueçamos.
Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós.

EMMANUEL
(Do livro Fonte de Paz, Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Um espírito no 13º. Movimento Você e a Paz em Salvador/BA

Na praça do Campo Grande em Salvador/BA aconteceu o encerramento da 13ª edição do Movimento Você e a Paz. O momento se revestiu de grande significado. O público calculado em cerca de trinta mil pessoas participou ativamente. Os presentes vibravam e aplaudiam cada momento. Um grandioso espetáculo em prol da paz, da não violência. A parte artística, composta de conjuntos musicais, causou impacto, foram ovacionados.

Encerrando o momento de arte, o cantor e compositor Nando Cordel encantou e fez com que a emoção brotasse nos sentimentos de todos os presentes.

Personalidades, físicas e jurídicas, que se destacam em favor da paz no mundo, foram agraciadas com o Troféu e Diploma Você e a Paz, uma láurea instituída pela Mansão do Caminho no ano de 2000. São três segmentos destacados. A pessoa que se doa, a instituição que faz e a empresa que viabiliza.

Os agraciados no ano de 2010 foram: CEBRAPAZ (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos que Lutam pela Paz); Fundação Arte de Viver; Escola Picolino de Artes do Circo; e o ator Renato Prieto, que desempenhou o papel de André Luiz do Filme Nosso Lar.
Os oradores, Rute Brasil Mesquita, Deputado Luiz Bassuma e Marcel Mariano, focaram seus discursos no patamar em que humanidade ainda se encontra, agressiva, violenta. Apesar desta constatação, os atos

violentos não são compactuados pela maioria, destacaram. O homem, embora ainda não conseguindo desarmar-se e praticar a não violência, tem alcançado, com grande esforço, construir na sua intimidade a paz, pacificando-se para tornar-se um pacificador, como tantos vultos da humanidade e do Brasil

lograram alcançar. A paz é possível, foi o grande enfoque abordado nas oratórias. Cada um pode, por sua vez, atuar na promoção da paz, primeiramente consigo, e após com o próximo, agindo com respeito, concedendo o perdão e amando incondicionalmente.
Divaldo Pereira Franco, um arauto da paz, detentor de enorme bagagem em prol da paz e da não violência, educador por excelência, historiando a trajetória de violência da humanidade, afirmou que as conclusões são as mais lamentáveis possíveis. A falta de educação, os lares que foram destruídos, a desintegração da família em nome do modernismo, a exaustão das funções sexuais, que para poder prosseguir na sua libido, necessitam do auxílio de substâncias químicas, as injustiças sociais, a impunidade, são algumas das causas de aflições, geradoras de violências praticadas pela criatura humana.
A solução encontra-se em uma assertiva do eminente filósofo francês Allan Kardec, onde assevera que a

educação é a única solução para o problema do materialismo e da iniquidade, não a educação formal, dos livros, a curricular, mas a educação dos sentimentos morais, com valores éticos.
O arauto da paz destacou os feitos de várias personalidades na construção da paz permanente, isto é, a paz íntima que se exterioriza em ações pacificadoras. Ilustrou, com fatos, que a paz é plenamente possível. Na sua magistral oratória, e apoiado em ações, Divaldo demonstrou que todos são capazes de implementar a paz, modificando paulatinamente a estrutura psicossocial da humanidade através de ações educativas e dignificadoras da criatura humana.
A violência morre no algodão da compaixão, ela silencia a sua voz no silêncio grandioso do amor, da ternura, da solidariedade, sentenciou o querido orador baiano. Para sermos realmente pessoas de paz é necessário recordar as palavras do Profeta Elias, o fruto da justiça é a paz.
É necessário que construamos um grupo de ativista do amor e que exerçamos ações em nome desse amor, em prol da paz. O amor é o nosso grande desafio, é um convite da vida para aqueles que amam. Que amem mais e não tenham vergonha de proceder bem, como foi versado pelo insigne Rui Barbosa. A criatura humana é investimento de Deus. A paz é possível quando o homem tornar-se pacífico e consequentemente ser pacificador, finalizou.
Com a emoção aflorada, a grande massa presente, em uníssono, cantou a canção Paz pela Paz,  capitaneada por Nando Cordel, o autor e Divaldo Franco. Os aplausos foram ensurdecedores. As pessoas abraçavam-se na praça. Estava encerrada, magistralmente, a 13ª edição do Movimento Você e a Paz. Estavam presentes os representantes da Suiça, do Paraguai, do Canadá e de diversos estados e cidades brasileiras.
TEXTO PAULO SALERNO.

   Assista o vídeo do encontro:





UM ESPÍRITO NO BAIRRO PITUBA, EM SALVADOR, NO 13º MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ

Suely Caldas Schubert

Neste ano de 2011 participei, pela terceira vez, com um grupo de amigos do Sul, de MG, de SP e do Paraguai, do MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ, uma vitoriosa iniciativa de Divaldo Franco e da Mansão do Caminho.
Durante seis dias acompanhamos Divaldo nas visitas aos bairros da linda cidade de São Salvador, levando a proposta da Paz, movimento arreligioso, sem caráter político, visando exclusivamente conscientizar as
pessoas da imprescindível necessidade de trabalharmos pela paz, que obviamente começa em nós.
O esforço desse trabalho de Divaldo Franco merece ser ressaltado, enaltecido e, sobretudo, servir de exemplo a ser seguido por todos os que se interessam em promover a pacificação das almas, o que nos levará a uma humanidade mais harmoniosa, solidária e feliz.
Assim, na noite de 17 de dezembro, sexta feira, fomos em caravana, acompanhando o médium baiano, ao bairro Pituba.
Eram 19 horas. Como sempre acontece, ao chegarmos encontramos o cenário perfeitamente organizado, para que o evento seja realizado com sucesso. Palco armado, decorado, iluminação e som excelentes. Pessoas vão
se aproximando, trazendo cadeiras, bancos, almofadas, sentando-se no gramado e, aos poucos quase duas mil pessoas aguardam o início. Nota-se que o público está atento, alegre, expectante.
Divaldo chega, Nilson ao lado, juntamente com a equipe da Mansão do Caminho e a festa tem início, pois todos querem receber um aperto de mão, uma saudação, um olá fraterno e carinhoso, que Divaldo distribui sorridente.
Quem estava triste, desanimado, cansado, pelas situações do dia-a-dia, num átimo se alegra e tudo se dilui, nesse convívio abençoado .
Às 20 horas alguns expositores convidados fazem a preparação do tema que Divaldo irá abordar. Os queridos Ruth Brasil e Marcel Mariano ali estão falando da paz, evidenciando, com muita propriedade, os benefícios da solidariedade entre todas as criaturas.
Em seguida é a vez de Divaldo, apresentando, de forma muito bela, a proposta do MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ.
O público está atento. Em torno da praça, grandes edifícios, com muitas de suas janelas abertas e iluminadas, evidenciam pessoas que assistem e também participam, interessadas. O som espraia-se e

as palavras vão fluindo em cascatas luminosas.
O fi.nal é apoteótico, pois todos entoam, de mãos dadas, a linda canção Paz pela Paz, de Nando Cordel, numa única vibração de amor, de alegria e de paz, que repercute pela cidade.
O encerramento do MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ ocorre sempre no dia 19 de dezembro, na praça de Campo Grande, data que a prefeitura de Salvador oficializou, através de lei Municipal, passando a fazer parte do calendário de comemorações da cidade.
Neste ano o público estimado na noite de encerramento foi de mais de 20 mil pessoas , embora dos prédios podia-se perceber um número expressivo de moradores acompanhando toda a solenidade.
Muito mais poderia escrever sobre esse grandioso movimento, entretanto meu objetivo, após citá-lo em linhas gerais, é relatar a comunicação mediúnica que ocorreu em nossa reunião da noite de 21 de dezembro, na Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, MG.
A seguir, em resumo, as palavras do Espírito comunicante, que falou por meu intermédio e que desencarnara muito jovem. Ele começa de forma direta:

- Eu estava lá, assisti tudo, bem ali na praça, desde o começo. Fui com um pequeno grupo e um guia, que nos levava como aprendizado.
Especialmente no meu caso, pois morei no bairro da Pituba. E foi exatamente ali, que comecei a trilhar o pior caminho que poderia escolher. Fui usuário do crack e morri por conta disso.
- Quase dez anos já transcorreram. Dizer o que sofri é difícil. Eu era de família classe alta, não vivia nas ruas, estava cursando faculdade, quando resolvi fazer uma experiência, que no meu modo de pensar, seria uma vez apenas. Mas não foi assim. Fraquejei total e outras vezes foram acontecendo.
Para encurtar a história, cheguei ao máximo e foi dessa forma que me transferi para este outro lado, com 22 anos apenas.
(O doutrinador, diante da pausa emocionada do comunicante, falou-lhe carinhosamente, procurando reconfortá-lo.)
Retomando a palavra, ele prosseguiu:
- Entretanto, o que mais me fez sofrer foram as recordações da minha família, que poderia estar assistindo, da janela de nosso antigo prédio, Divaldo Franco discursar. Mas se mudaram logo depois, para evitar lembranças dolorosas. E se estivessem eu poderia estar ali, ao lado deles... Eu poderia usufruir da companhia da minha família, debruçado na janela... Mas, aí de mim, eu estava sim, ali, mas no gramado, envolto em minha tristeza, tentando recompor a minha vida. Quero corrigir o meu erro. Estou aprendendo muito, através de amigos espirituais dedicados, que me ampararam e ao meu atual grupo.
- A proposta dos guias é preparar-nos para que um dia possamos também ajudar aos jovens que estão sendo vítimas das drogas. Mas por enquanto temos muito a aprender, pois junto a eles, os infelizes dependentes, iremos encontrar o outro grupo, o dos Espíritos maus, que se empenham em viciá-los, instigando tanto os traficantes quanto os jovens e crianças a essas experiências.
O comunicante, emocionado, despede-se, agradecendo o ensejo de assistir o Movimento Você e a Paz. O doutrinador, então lhe fala de Jesus, rogando ao Mestre que o abençoe. Todos os presentes, comovidos,
o envolvem em vibrações de amor e de compaixão. Ele pede que nos lembremos dele, e diz o seu nome: Rafael.
Uma vez mais nos conscientizamos da importância do movimento em prol da paz, que Divaldo empreende há treze anos. Nem de longe conseguimos avaliar a repercussão das visitas aos bairros, quando a mensagem é lançada e as sementes de luz se espraiam beneficiando a encarnados e desencarnados
O semeador saiu a semear. As sementes terão o seu tempo certo na leira dos corações.

(Textos e fotos recebidos em email de Lucas Milagre)

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Palestra "Natal com Jesus" - Bernadete de Freitas


Palestra "Natal com Jesus" com a oradora Bernadete de Freitas, realizada no dia 19/12/2010 no Centro Espírita Caminheiros do Bem da cidade de Auriflama/SP

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Jesus




Há 2000 anos, o amor caminhou sobre a Terra... Adentrou o mundo pelas portas da humildade, nas palhas da manjedoura, e dele saiu pelas portas da renúncia e do sacrifício supremos, nas madeiras da cruz...Nenhum presente exige de nós, senão o coração purificado em nome do bem maior, no altar vivo da alma...
JESUS

André Luiz


Divino Senhor - fez-se humilde servo da Humanidade.
Pastor Supremo - nasceu na manjedoura singela.
Ungido da Providência - preferiu chegar ao planeta, no espesso manto da noite, para que o mundo lhe não visse a corte celestial.
Orientador nas Esferas Resplandecentes - rejubilou-se na casinha rústica de Nazaré.
Construtor do Orbe Terrestre - manejou serrotes anônimos de uma carpintaria desconhecida.
Prometido dos Profetas - escolheu a simplicidade para instituir o Reino de Deus. Enviado às Nações - preferiu conversar com os do doutores na condição de criança. Luzeiro das Almas - consagrou longos anos à preparação e à meditação, a fim de ensinar às criaturas o caminho da redenção.
Verbo Sagrado do Principio - Submeteu-se à limitação da palavra humana para iluminar o mundo.
Sábio dos sábios - valeu-se de pescadores pobres e simples para transmitir aos homens a divina. mensagem.
Mestre dos mestres - utilizou-se da cátedra da natureza, entre árvores acolhedoras e barcos rudes, disseminando as primeiras lições do Evangelho Renovador.
Majestade Celeste - conviveu com infelizes e desalentados da sorte.
Príncipe do Bem - não desdenhou as vítimas do mal, amparando mulheres desventuradas e sentando-se à mesa de pecadores envilecidos.
Instrutor de Entidades Angélicas - andou com a multidão de leprosos, estropiados e cegos de todos os matizes.
Administrador da Terra - ensinou o respeito a César, consagrando a ordem e santificação à hierarquia.
Benfeitor das Criaturas - recebeu a calúnia, o ridículo, a ironia, o desprezo público, a prisão dolorosa e o inquérito descabido.
Amigo Fiel - viu-se sozinho, no extremo testemunho.
Juiz Incorruptível - não reclamou contra os falsos julgamentos de sua obra.
Advogado do Mundo - acolheu a cruz injuriosa.
Ministro Divino da Palavra - adotou o silêncio, ante a ignorância de seus perseguidores.
Dono do Poder - rogou perdão para os próprios algozes.
Médico Sublime - suportou chagas sanguinolentas.
Jardineiro de Flores Eternas - foi coroado de espinhos cruéis.
Companheiro Generoso - recebeu açoites e bofetadas.
Condutor da Vida - aceitou o crucifixo entre ladrões.
Emissário do Pai - manteve-se fiel a Deus até ao fim.
Mensageiro da Luz Imortal - escolheu o co- ração amoroso e renovado de Madalena para espalhar na Terra as primeiras alegrias da ressurreição .
Mordomo dos Bens Eternos - em precisando de alguém para colaborar com os seus seguidores sinceros, busca Saulo de Tarso, o perseguidor, e transformado no amigo incondicional.
Coordenador da Evolução Terrestre – necessitando de trabalhadores para as missões especializadas, procura os Ananias da fé, os Estêvãos do trabalho e os Barnabés anônimos da cooperação.
Missionário Infatigável da Redenção Humana - foi sempre e ainda é o maior servidor dos homens de todos os tempos e civilizações da Terra.

 Recordando o Mestre Divino, convertamo-nos ao seu Evangelho de Amor, para que a sua luz nasça na manjedoura de nossos corações pobres e humildes! E, edificados no seu exemplo, abracemos a cruz de nossos preciosos testemunhos, marchando ao encontro do Senhor, no iluminado Pai da Ressurreição Eterna!


Psicografia Chico Xavier Livro:Antologia Mediúnica do Natal

domingo, dezembro 19, 2010

A Verdadeira Face De Jesus - documentário


Alvo de diferentes interpretações ao longo dos tempos, as características físicas de Jesus podem ter ganhado proporções mais próximas da realidade graças a um projeto usando tecnologia em 3D, realizado pelo Studio Macbeth. O resultado pode ser visto no documentário “A Verdadeira Face de Jesus”, do canal The History Channel.
Liderado pelo artista de computação gráfica Ray Downing, o projeto recriou a imagem de Jesus baseado no Santo Sudário -lençol que muitos acreditam ter recoberto o corpo de Jesus após a crucificação, embora o artista reconheça que sua autenticidade é contestada no mundo científico. Para obter uma visão tridimensional de seu rosto, os especialistas empregaram a mais avançada tecnologia 3D e recursos da computação gráfica.

O documentário mostra o desafio enfrentado pela equipe, que teve como material de apoio apenas um leve contorno do rosto de Jesus deixado no Santo Sudário, prejudicado pela presença de sangue, terra, manchas de água, buracos e queimaduras. Mesmo com danos em seu material, o manto sagrado foi crucial para o projeto por conter elementos em três dimensões. Com isso, revelou características jamais vistas em pinturas ou obras de arte.

sábado, dezembro 18, 2010

EMMANUEL E JESUS



EMMANUEL E JESUS


Nota: O espírito Emmanuel conta nesta “passagem” de sua vida como o senador Públius Lentulus, o seu encontro com o Mestre ao lado do lago de Genesaré. A última encarnação de Emmanuel, segundo informes do Plano Espiritual, se deu como o padre Manuel da Nóbrega (1517-1570), quando fundou a aldeia de Piratininga e o Colégio de São Paulo, dando origem à cidade de São Paulo.


Das águas mansas do lago de Genesaré parecia-lhe emanar suavíssimos perfumes, casando-se deliciosamente ao aroma agreste da folhagem.
Foi nesse instante que, com o espírito como se estivesse sob o império de estranho e suave magnetismo, ouviu passos brandos de alguém que buscava aquele sítio.
Diante de seus olhos ansiosos, estacara personalidade inconfundível e única. Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Públio Lentulus não teve dificuldade em identificar aquela criatura impressionante, mas, no seu coração marulhavam ondas de sentimentos que, até então, lhe eram ignorados. Nem a sua apresentação a Tibério, nas magnificências de Capri, lhe havia imprimido tal emotividade ao coração. Lágrimas ardentes rolaram- lhe dos olhos, que raras vezes haviam chorado, e força misteriosa e invencível fê-lo ajoelhar-se na relva lavada em luar. Desejou falar, mas tinha o peito sufocado e opresso. Foi quando, então, num gesto de doce e soberana bondade, o meigo Nazareno caminhou para ele, qual visão concretizada de um dos deuses de suas antigas crenças, e, pousando carinhosamente a destra em sua fronte, exclamou em linguagemencantadora, que Públio entendeu perfeitamente, como se ouvisse o idioma patrício, dando-lhe a inesquecível impressão de que a palavra era de espírito para espírito, de coração para coração:
- Senador, porque me procuras? - e, espraiando o olhar profundo na paisagem, como se desejasse que a sua voz fosse ouvida por todos os homens do planeta, rematou com serena nobreza: - Fora melhor que me procurasses publicamente e na hora mais clara do dia, para que pudesses adquirir, de uma só vez e para toda a vida, a lição sublime da fé e da humildade... Mas, eu não vim ao mundo para derrogar as leis supremas da Natureza e venho ao encontro do teu coração desfalecido!...
Públio Lentulus nada pôde exprimir, além das suas lágrimas copiosas, pensando amargamente na filhinha; mas o profeta, como se prescindisse das suas palavras articuladas, continuou:
- Sim... não venho buscar o homem de Estado, superficial e orgulhoso, que só os séculos de sofrimento podem encaminhar ao regaço de meu Pai; venho atender às súplicas de um coração desditoso e oprimido e, ainda assim, meu amigo, não é o teu sentimento que salva a filhinha leprosa e desvalida pela ciência do mundo, porque tens ainda a razão egoísta e humana; é, sim, a fé e o amor de tua mulher, porque a fé é divina... Basta um raio só de suas energias poderosas para que se pulverizem todos os monumentos das vaidades da Terra...
Comovido e magnetizado, o senador considerou, intimamente, que seu espírito pairava numa atmosfera de sonho, tais as comoções desconhecidas e imprevistas que se lhe represavam no coração, querendo crer que os seus sentidos reais se achavam travados num jogo incompreensível de completa ilusão.
- Não, meu amigo, não estás sonhando... - exclamou meigo e enérgico o Mestre, adivinhando-lhe os pensamentos. - Depois de longos anos de desvio do bom caminho, pelo caminho dos erros clamorosos, encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida.
Está, porém, no teu querer o aproveitá-lo agora, ou daqui a alguns milênios... Se o desdobramento da vida humana está subordinado às circunstâncias, és obrigado a considerar que elas existem de toda a natureza, cumprindo às criaturas a obrigação de exercitar o poder da vontade e do sentimento, buscando aproximar seus destinos das correntes do bem e do amor aos semelhantes.
Soa para teu espírito, neste momento, um minuto glorioso, se conseguires utilizar tua liberdade para que seja ele, em teu coração, doravante, um cântico de amor, de humildade e de fé, na hora indeterminável da redenção, dentro da eternidade...
Mas, ninguém poderá agir contra a tua própria consciência, se quiseres desprezar indefinidamente este minuto ditoso!
Pastor das almas humanas, desde a formação deste planeta, há muitos milênios venho procurando reunir as ovelhas tresmalhadas, tentando trazer-lhes ao coração as alegrias eternas do reinado de Deus e de sua justiça!...
Públio fitou aquele homem extraordinário, cujo desassombro provocava admiração e espanto.
Humildade? Que credenciais lhe apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele senador do Império, revestido de todos os poderes diante de um vassalo?
Num minuto, lembrou a cidade dos césares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos e poderes acreditava, naquele momento, fossem imortais.
- Todos os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis...
As magnificências dos césares são ilusões efêmeras de um dia, porque todos os sábios, como todos os guerreiros, são chamados no momento oportuno aos tribunais da justiça de meu Pai que está no Céu. Um dia, deixarão de existir as suas águias poderosas, sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros trabalhadores mais dignos do progresso, suas leis iníquas serão tragadas no abismo tenebroso destes séculos de impiedade, porque só uma lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem - a lei do amor, instituída por meu Pai, desde o princípio da criação...
Agora, volta ao lar, consciente das responsabilidades do teu destino...
Se a fé instituiu na tua casa o que consideras a alegria com o restabelecimento de tua filha, não te esqueças que isso representa um agravo de deveres para o teu coração, diante de nosso Pai, Todo-Poderoso!...
O senador quis falar, mas a voz tornara-se-lhe embargada de comoção e de profundos sentimentos.
Desejou retirar-se, porém, nesse momento, notou que o profeta de Nazaré se transfigurava, de olhos fitos no céu...
Aquele sítio deveria ser um santuário de suas meditações e de suas preces, no coração perfumado da Natureza, porque Públio adivinhou que ele orava intensamente, observando que lágrimas copiosas lhe lavavam o rosto, banhado então por uma claridade branda, evidenciando a sua beleza serena e indefinível melancolia...
Deviam ser vinte e uma horas.
Leve aragem acariciava os cabelos do senador e a Lua entornava seus raios argênteos no espelho carinhoso e imenso das águas.
(Espírito de Emmanuel - Médium: Francisco C. Xavier - Obra: Há Dois Mil Anos...)

sexta-feira, dezembro 17, 2010

SÉRIE DO CANAL NETGEO RETRATA CURAS ESPIRITUAIS

O canal NetGeo exibe mais uma série de programas "Tabu", onde enfoca diversos costumes que são normais em certas sociedades e desprezados ou considerados ilegais em outras. Cruzando a fronteira entre crenças mais tradicionais e os hábitos modernos, Tabu investiga a ampla gama de semelhanças e diferenças entre os seres humanos, desta vez em países da América Latina, como Brasil, Argentina e México.

Os temas incluem morte, fanatismo, rituais, crimes e punições, formas de amor e mudanças de personalidade. Cada cultura tem seus próprios códigos de conduta, e o que é aceitável em uma cultura, pode ser tabu em outra.

Este episódio de Tabu apresenta três histórias nas quais seus personagens se submetem a fortes rituais que têm a fé como único ingrediente e que os levará a encontrar uma solução para os seus problemas. Espíritos, fogo e demônios aparecem diante dos olhos de toda a América Latina.
Marlene Nobre da AME - Associação Médico Espírita é uma das entrevistadas e o médium João Berbel da cidade de Franca/SP e suas cirurgias espirituais.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

O significado do Natal para os espíritas

O significado do Natal para os espíritas

Marta Antunes Moura
Natal é comemorado no dia 25 de dezembro porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em274 d. C. A finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do império romano e festejar o início do solstício de inverno.

Com o triunfo do Cristianismo, séculos depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde então, como o verdadeiro “sol” de justiça. Com o passar do tempo, hábitose costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia de Francisco de Assis, no século XIII. As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal.

Antes de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25 de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo. A estrela que se coloca no topo daárvore é para recordar a que surgiu em Belém por ocasião do nascimento de Jesus. Os cartões de Natal apareceram pela primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX. Os espíritas veem o Natal sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete natalino, atividades típicas do dia. Já compreendem a importância de renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.

Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito.2 A despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.

Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”.3 Chegará a época, contudo,em que Jesus, o guia e modelo da Humanidade terrestre,4 será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não podemos, contudo, perder a esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.

No momento preciso, quando se operar a devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades compreenderão que [...] Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei [...].5

Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. Admite, igualmente, que [...] a Doutrina Espírita nos reconduzao Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã.6 Perante as alegrias das comemorações do Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel: As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.

A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho,o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.7 Segunda, a inadiável (e urgente) necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de conta”.[...]

Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a Luz para alumiar as nações.8 Não chegou impondo normas ou pensamento religioso. Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos. Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. Fez luz no Espírito eterno.

Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo. Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.

Tens suficiente luz para a marcha? Que espécie de claridade acendes no caminho? Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...

Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?9 Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las com o próximo, como aconselha Meimei: Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção...

Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. [...] Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas. Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...10

Referências:

1DUTRA, Haroldo D. O novo testamento. (Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.
2VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p. 154.
3XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.
4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.
5______. ______. Comentário de Kardec àq. 625.
6XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Jesus e atualidade, p. 296.
7______. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.
8LUCAS, 2:32.
9XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.
10______. ______. Cap. 29, p. 73-74.

Fonte: http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=194

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Reflexões sobre o Natal de Jesus 


Aylton Paiva
Lins/SP


            A comemoração do Natal de Jesus deve motivar-nos a considerar a importância do seu nascimento entre nós e a mensagem que Ele trouxe.
O nascimento de Jesus não assinala apenas o aparecimento de um novo tempo na história da humanidade.
Não é, somente, a divisão nos principais fatos da nossa vida em a.C: antes de Cristo e d.C: depois de Cristo.
O nascimento de Jesus é um Novo Tempo, nunca visto.
Traz a “Boa Nova”, mas é  mensagem desafiadora
É nova forma de mostrar o amor.
O nascimento de Jesus é o aparecimento do equilíbrio maior entre a sabedoria e o amor.
Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.
O nascimento de Jesus entre nós é o exemplo maior de viver a religiosidade. Libertando-a do fundamentalismo religioso, que encarcerara a religião nos templos de pedra,
aureolados pela força do poder temporal e a pretensão de serem os representantes de Deus entre os homens.
Diante da mulher samaritana Ele afirma que haveria tempo em que não só se adoraria Deus no monte da Samaria ou no templo Jerusalém, mas em toda parte.
O nascimento de Jesus é a manifestação da liberdade de pensamento e de sentimento libertos do fanatismo religioso, que anseia pela dominação do coração e do
cérebro do ser humano.
Aí de vós fariseus: túmulos caiados por fora, mas podres por dentro.
O nascimento de Jesus é a possibilidade da igualdade e da fraternidade entre os seres.
Todos somos filhos do mesmo Pai – Deus: Criador do Universo
O nascimento de Jesus é a libertação do orgulho que prende e delimita em um estreito espaço: físico, moral, mental e espiritual.
O nascimento de Jesus é a quebra das convenções religiosas emanadas de usos e costumes ou de interesses de domínio e poder sobre o espírito humano.
Escandaliza os fariseus (autoridades religiosas de sua época) ensinando e curando no sábado, infringindo normas religiosas e a tradição judaica.
O homem não foi feito para o sábado, mas o sábado foi feito para o homem.
O nascimento de Jesus é a libertação da mulher do jugo do homem, retirando-a da sua condição de subalternidade.
Dialoga esclarecedora e amorosamente com a mulher samaritana
Após a morte do seu corpo, na tortura e no sacrifício da cruz, faz de Maria Madalena a portadora da sua imortalidade e da sua vitória sobre a ignorância humana aos
apóstolos atônitos e acovardados.
O nascimento de Jesus é supremacia do poder espiritual, eterno, sobre o poder temporal, efêmero.
Não se atemoriza, não se acovarda, não se humilha, escorado em sua eterna força espiritual, diante do passageiro poder romano, representado por Pôncio Pilatos.
O nascimento de Jesus é a supremacia da vida sobre a morte.
Da verdade sobre a mentira.
Do amor sobre o ódio.
Do altruísmo sobre o egoísmo.
Da solidariedade sobre a exclusão.
Do bem sobre o mal.
O nascimento de Jesus é a Grande Esperança individual e coletiva para o mundo melhor e a humanidade feliz.
Nós fazemos parte desse Natal!
  


Aylton Paiva é agente fiscal de rendas aposentado, ex-diretor da Câmara Municipal de Lins e dirigente espírita, é Diretor do Departamento de Assistência e Promoção Social da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Consumo coerente


       
Consumo coerente
 Wellington Balbo - Bauru - SP  




Novamente chegou o final do ano e com ele, como sempre, um apelo mais intenso ao consumo. Natural, portanto, pela própria injeção de recursos na economia –leia-se décimo terceiro -  e demais circunstâncias especiais, que os magos do marketing abordem com mais veemência os consumidores.

Vendedores a postos; vitrines repletas de novidades, lojas bem adornadas e comerciais mostrando maravilhas tecnológicas intentam fisgar alguns tostões dos potenciais compradores.

Entretanto é importante, não apenas para a economia global, mas, sobretudo para a economia doméstica que o cidadão não se deixe cair no canto da sereia consumista, ou seja, no gastar pelo gastar e no comprar desmedido, compulsivo, que não raro traz insônia com aquelas  infindáveis prestações adquiridas no entusiasmo do papo com o vendedor, sem maiores reflexões sobre as suas conseqüências no orçamento da família.

Por isso aborda-se neste singelo texto a importância do consumo coerente, até por que, por óbvias razões consumir faz parte da vida de todos, sem exceção.

Mas o que é consumo coerente?

Pode-se defini-lo como o consumo que aproveita os benefícios proporcionados pelos produtos e serviços oferecidos pelo mundo contemporâneo,  livres contudo, dos prejudiciais excessos, além de, naturalmente, alinhar-se à capacidade de compra. Ou seja, o indivíduo que exercita o consumo coerente não gasta além do que ganha.

E quem não pratica o consumo coerente e extrapola nas compras de final de ano esquecendo-se de que inúmeras despesas literalmente despejam-se no orçamento familiar em janeiro, certamente adquire uma enorme dor de cabeça.

Para não adquirir essa indesejável dor de cabeça e não ver o nome chafurdar-se na inadimplência é imperioso em primeira instância domar os impulsos que impelem à irreflexão, no tema comentado a compulsão pelas compras.

Impulsos domados e a racionalidade funcionando parte-se para a utilização de algumas ferramentas simples, porém de grande utilidade e freqüentemente desprezadas pelas pessoas.

Inicia-se, portanto, o trabalho de orçamento familiar para a organização, ou  então, reorganização das finanças. Escreve-se num papel ou planilha as receitas, despesas e reservas:

Receitas: são as finanças – salários, comissões, gratificações...

Despesas: contas de água, luz, aluguel, higiene, educação, saúde, lazer...

Reservas: o que conseguimos poupar.

E quando despesas estão maiores que as receitas, o que fazer?

Só há uma maneira de sanar este problema: cortar gastos extras - menos tempo no banho, economizar o tempo no banho, diminuir o número de carnês com prestações e etc.

Domando os impulsos consumistas e trabalhando com as ferramentas do orçamento familiar disciplinaremos nossa vida e evitaremos dores e dissabores além da habitual insônia que acomete aqueles que exageram nas compras de final de ano.


 Wellington Balbo é autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, palestrante e dirigente
espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru.