domingo, outubro 11, 2009

CASA DO CAMINHO COMPLETA 26 ANOS COM PALESTRA DE ALIRIO CERQUEIRA FILHO





Durante o mês de setembro o Centro Espírita Casa do Caminho da cidade de Araçatuba/SP esta comemorando os 26 anos de fundação e realizando palestras comemorativas. Uma das palestras aconteceu nesta sexta-feira (25/10), com Dr. ALIRIO CERQUEIRA FILHO, da cidade de Cuiabá, que abordou o tema "Cura Espiritual da Ansiedade, Medo, Fobias e Pânico". 
    Alírio é médico homeopata e psicoterapeuta, pós graduado em psiquiatria, psicologia e psicoterapia transpessoal,
ex-presidente da Federação Espírita de Mato Grosso e autor de 14 livros, com uma experiencia de 16 anos de parte clínica e 26 anos de participação no movimento espírita.

    Alírio explicou de forma esclarecedora estes problemas que cada vez mais estão presentes na sociedade.  Destacou a necessidade de acertamos mais, realizando uma ação de aprendizado diante de nossos erros, pois desta forma estaremos evoluindo.
    "Não podemos voltar ao passado e nem nos adiantar ao futuro, nós devemos sempre viver o tempo presente, aprendendo com o passado e planejando o futuro, tendo uma uma visão otimista e realista em relação a vida. A pessoa realizando um trabalho de autoconhecimento e de autotransformação ela poderá se libertar totalmente dos transtornos e sem ajuda de profissionais, mas o caminho é apenas um, desenvolvendo a fé e a confiança e realizando exercícios para senti-las em nós mesmos, sendo que as doenças mentais e emocionais acontecem quando nos afastamos do amor e somente seguindo Jesus é que nos libertaremos de todas elas" concluiu Alirio.

Artigo: ESPERANÇA SE CONSTRÓI NO PRESENTE


Coronel Pedro de Amleida Lobo 

   História é ciência dos fatos acontecidos. Vamos a ela.
   Narra a Bíblia Católica e Protestante que naquele dia, em uma das sacadas do luxuoso palácio de Pôncio Pilatos, que dava frente ao enorme pátio onde o povo hebreu se acotovelava para publicamente julgar os destinos de dois prisioneiros. Jesus de Nazaré e Barrabás. Em dado momento essa autoridade, representando o imperador romano, determinou que o povo escolhesse por aclamação, quem deveria ser crucificado. A voz do povo decidiu que deveria ser Jesus de Nazaré. Neste ato. A voz do povo foi a de Deus?
    Para colonizar o Brasil o povo português aquietou-se quando soube que iria escravizar os negros africanos. Continuou nessa situação após tomar conhecimento de que aqueles pobres e coitados  viviam em condições subumanas. A voz do povo português foi a voz de Deus?
    A raça ariana, na pessoa do Adolfo Hitler, estabeleceu que deveria exterminar com pessoas de outras raças. É sabido que mataram milhões de seres humanos sem lhes darem mínimas condicionantes para se defenderem. A voz desse povo foi a de Deus?
   Quando o povo de uma nação levanta sua voz fomentando guerra. Essa voz é a de Deus.
   Por outro lado é válido perguntar:
Quando um Pais, principalmente onde no seio dos seus habitantes reinam misérias de todo tipo e as autoridades constituídas e representativas ignoram a existência delas e com mais agravantes, colaboram para que elas aumentem quer, aumentando seus salários polpudos salários, e vão mais além, criam mecanismo para se locupletarem como dinheiro público  a custa da miséria humana. A voz desse povo é a de Deus?
   Dentro dessa tese, está a esperança. Diz a voz do povo que a esperança é única que morre. Ledo engano. Ela jamais morrerá por ser uma das virtudes teologais, segundo Paulo de Tarso.
Essa palavra vem do grego com a seguinte composição:

theos= Deus
logos= palavra.

    Na prática as virtudes teologais são:
- Fé inabalável aquela que encara a razão face a face em todas as épocas da humanidade
- Caridade que se traduz em: benevolência para todos; indulgências para com as culpas dos irmãos; e perdão das ofensas
- Esperança morada sagrada dos nossos sonhos. Etimologicamente formada por sper = construção e ança= movimento
Portanto. Esperança é construção em movimento.
    É por isso que a esperança se constrói no presente. Depois poderá ser tarde demais. 
Cel Lobo                    

Cel. Pedro de Almeida Lobo é tenente coronel do exercito, Presidente do Grupo Espírita Amor e Paz, representante da Cruzada dos Militares Espíritas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CME-MT/MS), dirigente e orador espírita em Campo Grande (MS).

quinta-feira, agosto 20, 2009

Artigo: A MENINA E A BEXIGA


Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br



O homem descia as escadas do Banco, chegando na calçada observou que jovem senhora vinha em sentido contrário empurrando o carrinho com um bebê e uma menininha que segurava linda bexiga azul que recebia seu olhar de admiração e alegria.
O homem caminhava com passos firmes, mas a cabeça rodopiava com pagamento de débitos, aplicações e outras questões financeiras.
Subitamente, o balão azul escapou das mãozinhas da menina e seu rostinho expressou o espanto e, imediatamente, a dor da perda. Desesperadamente se pos a correr atrás da bexiga.
No afã de pegá-la, perdeu o equilíbrio e foi ao chão. Então as lágrimas da perda e da dor do impacto rolaram naquela facezinha angelical.
Olhava para o balão que se ia, surfando nas ondas do vento, e para a mãe que atenta e penalizada dizia-lhe.
- Machucou-se, filhinha?
Ante o aceno de cabeça negativo, a mãe procurou confortá-la.
- Não chore, meu amor. Mamãe comprará outra para você.
O olhar era desconsolado.
A bexiga flutuou diante do casal de hipyes que a olhou como algo exótico e continuou na tranqüilidade do “paz e amor”.
Flutuou, pelas asas do vento, diante de um grupo de jovens empoleirados em um banco.
Olharam para o balãozinho... olharam para a meninha e desataram a rir.
Pairou diante do pipoqueiro que a olhou descompromissadamente, pois preocupado estava em entregar o saquinho de pipoca para a freguesa.
Olhei e vi. Atrás do balãozinho, livre e voando, vinha o senhor que saíra do Banco preocupado com as finanças.
Passos acelerados. Não correndo. Talvez por vergonha.
Na primeira tentativa de pescar a “bexiga azul”, nova lufada de vento afastou-a de suas mãos prestes a agarrá-la.
De novo, os empoleirados jovens no banco, desataram a rir. Um deles apontando a cena que deviam senti-la como hilária ou ridícula.
O circunspeto senhor não se deu por achado, acelerou mais os passos e eis que, num átimo, vupt! pegou o azul sonho infantil.
O sorriso de satisfação iluminou seu semblante.
Passou pelos jovens do galho, isto é, do banco, que mais não riam.
Defrontou-se com o pipoqueiro que enchia outro saquinho de pipoca.
Fronteou o casal hipye que prosseguia enrolando os seus fios na elaboração do típico artesanato.
O homem só mirava a menina do balão azul e sua mãe, que, para melhor atender o bebe no carrinho, haviam parado.
Esticou mais o passo.
Chegou. Tocou de leve o ombro da meninha em quem duas lágrimas ainda deslizavam pela face.
O homem disse-lhe:
- Não chore meu bem. Pegue o seu balão azul.
Ainda com as lágrimas na face, a meninha sorriu.
- Filha! Ele pegou a sua bexiga,. Não chore mais meu amor.
O homem sorriu, virou-se e prosseguiu em sua caminhada.
O amor, sob a forma de solidariedade, manifesta-se mesmo nas situações aparentemente mais simples. Opõem-se ao egoísmo que se corporifica na indiferença, no pragmatismo do bem material, no individualismo histriônico.
O homem do Banco não se arrefeceu diante deles, deu-lhes o exemplo que deveria dar.
Desejei conhecer a essência daquele homem.
Uma voz ecoou no templo da minha consciência:
- “ Amarás Deus de todo coração, de toda tua alma... Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a Lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”. – Jesus. ( Mateus, caps. 37 a 40)
A menina seguiu feliz, segurando o balãozinho azul.
Aylton Paiva é agente fiscal de rendas aposentado, ex-diretor da Câmara Municipal de Lins e dirigente espírita em Lins/SP.